sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Robert Johnson – Lenda a Encruzilhada




Uma das grandes lendas conta que Johnson teria vendido a alma ao demônio para obter o seu talento e a sua habilidade com o violão. Acredita-se que ele ficou a espera na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em uma noite de lua nova com seu violão na mão. A meia-noite, o diabo em forma de um homem apareceu para afinar seu instrumento. A partir daí, todos que ouvem suas músicas são encantados por ela. No supersticioso sul dos Estados Unidos do início do século, eram comuns os mitos demoníacos, e o tema fazia parte da tradição do blues. Suas músicas como “Me and the Devil Blues”, “Hellhound on my Trail” e “Crossroad Blues” aumentaram as crenças na história, pois essas músicas tinham alguma alusão ao diabo. Esta história foi difundida principalmente por Son House, um influente cantor e guitarrista de Blues Norte-americano.
A hipótese mais provável é que a lenda do pacto com o diabo tenha surgido por inveja, pois Johnson era um excelente tocador de violão.



Robert Leroy Johnson 

Nasceu em Hazlehurst Mississipi. Berço do blues norte-americano. A data de seu nascimento é entre 1909 e 1912, não se sabe ao certo a data correta. Cresceu em família simples de lavradores, trabalhou no campo até seus 16 anos quando decidiu tocar gaita e violão. Desde muito jovem Robert se apresentava em bares, prostíbulos e até mesmo na rua. Aos 20 anos Robert desenvolveu uma técnica que fazia sua guitarra chorar usando o gargalo de uma garrafa quebrada.

Carreira


  Sua carreira profissional não foi das melhores, durou cerca de dois anos, tocando em lugares de baixo público. Gravou 29 músicas e não conseguiu nem um reconhecimento pelo trabalho, apenas reconhecimento de alguns amigos do blues. Hoje Johnson é considerado importante para o blues. Algumas de suas músicas foram regravadas por artistas como Eric Clapton e Red Hot Chilly Peppers, além de influenciar alguns nomes do blues.

Tocando de costas para o público

As atitudes de Robert Johnson ajudavam a espalhar sua fama de sinistro e adorador de forças ocultas. Uma delas era o seu hábito de tocar de costas para o público durante seus shows. As pessoas então diziam que ele fazia isto para esconder o olhar do diabo que surgia para auxiliá-lo. Na verdade, a versão mais coerente supõe que ele tocava de costas para esconder os acordes que ele inventava sozinho e não queria que algum músico que estivesse na platéia o copiasse.

A morte

A data de seu óbito também é imprecisa. Supõe-se que seja no dia 16 de agosto de 1938. Existem diversas lendas sobre sua morte. Johnson bebeu whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo marido ciumento de uma de suas amantes. Ele veio a morrer três dias depois de envenenado, sofrendo terríveis dores no estômago durante todo esse tempo. Essa seria a razão de, antes de morrer, Johnson ter sido encontrado andando de quatro e uivando como um cachorro no corredor do quarto do hotel que ele estava. Há várias versões populares para sua morte: que haveria morrido envenenado pelo whisky, que haveria morrido de sífilis e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas “No Doctor” (Sem Médico) como causa da morte.

Robert Johnson morreu aos 27 anos, deixando suas influências para o blues e para o rock de hoje em dia. Dentre seus grandes fãs, estão Keith Richards e Eric Clapton. Todas as histórias contadas sobre a vida desse grande músico são imprecisas, mas sua enorme colaboração para a música é certa.



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